O Espírito Santo é uma realidade viva, concreta e
permanente. Ele veio em missão para habitar nos cristaos e as suas ações visam
edificar, consolar, guiar e fortalecer os cristãos no sentido de constituírem a
Igreja, que é o verdadeiro corpo do Senhor Jesus Cristo, do qual fazemos parte
na condição de membros.
Realmente, quando o fruto do Espírito é externado
através de cada um de nós, então, temos o próprio Senhor Jesus andando com
nossos sapatos, vestindo a nossa roupa, falando, ouvindo, vendo; enfim,
participando do nosso cotidiano e brilhando através de nós por onde formos.
Isso é o cristianismo verdadeiro, retrato autêntico da Igreja primitiva, a
imagem e semelhança de Deus resgatada novamente pela fé.
“Mas
o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há
lei.” Gálatas 5.22,23
Amor: Verificamos,
de imediato, que o amor puro e verdadeiro começa com uma dádiva; exatamente o
oposto do amor deste mundo, que está mais interessado em receber que dar. O amor é paciente, é benigno; o
amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz
inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se
ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;
tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais acaba; mas, havendo profecias,
desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará; Agora,
pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é
o amor.”
Este sentimento tão profundo é a base de um caráter
genuinamente cristão e sobre ele estão todas as demais virtudes da
personalidade moldada pelo Criador. Este é o amor que devemos cultivar em
nossos corações, permitindo que flua de nossas vidas para outras vidas, porque
este é o amor que procede de Deus.
Quando o Senhor Jesus esteve entre nós, qual foi o
âmago de Sua mensagem? A cura divina? A libertação dos cativos? Bem, isso era
evidenciado no Seu ministério e estava dentro do contexto principal de Sua Palavra.
Entretanto, o que mais nos chama atenção na Sua mensagem é o Reino de Deus.
Mas o fato é que precisamos reparar nossos erros a
partir de agora, imediatamente, a fim de servirmos aos propósitos do Espírito
Santo neste mundo e viver de acordo com os princípios do Reino de Deus.
“Amarás
o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu
entendimento.” Mateus 22.37
Esse é o segredo do sucesso na vida, sob todos os
aspectos, porque a partir do momento em que focalizamos todo o nosso amor em
Deus, Ele, por sua vez, também focaliza todo o Seu amor em nós, e daí há um
relacionamento mais estreito entre o Criador e a criatura.
Alegria: como fruto de Deus em nós
significa um estado permanente de graça diante do Senhor, uma satisfação
constante pela certeza de que todas as coisas referentes a nós estão
absolutamente nas mãos de Deus,
Paz: Ela
não é adquirida com uma simples sensação de bem‑estar entre as pessoas, mas
através de uma profunda tranquilidade na alma, e esta só é possível
quando Deus, na Pessoa do Seu Filho Jesus Cristo, pelo Seu Santo Espírito.
É interessante observar que tudo o que atinge o nosso
interior é durável e permanente, pois cria dentro de nós um mundo totalmente
particular e independente. Isso é maravilhoso, porque não ficamos na
dependência de terceiros para que possamos atingir, no caso, a paz real.
Longanimidade: Esta é uma qualidade genuinamente cristã, pois ninguém
pode evidenciar um caráter longânimo se não estiver absolutamente envolvido
pelo Espírito do Senhor Jesus, porque ser longânimo significa ser paciente para
suportar ofensas.
Benignidade é outra
expressão de profundo amor cristão, pois ela se caracteriza pela flexibilidade
de tratamento gentil e cordato a todo o tipo de pessoas,
Bondade é mais
uma forma de amor e em muito se assemelha à benignidade. É tolerante e não mede
sacrifícios para ajudar e fazer valer a força do amor pelo seu semelhante, não
importando a sua raça, religião, sexo, idade, etc.
Fidelidade: Não há amor sem que haja
fidelidade, assim como não há fidelidade se não há amor, tendo em vista que a
fidelidade faz parte do caráter leal do amor, razão pela qual a fidelidade é o
amor em exercício.
O Espírito Santo tem permitido que passemos por tribulações
mil, a fim de provar a nossa fidelidade ao nosso Senhor Jesus. O Espírito Santo
tem acompanhado a fidelidade de cada um de nós, especialmente quando “as coisas
não vão como esperamos”.
Mansidão: Ela revela uma brandura de génio e índole, que é o resultado
da verdadeira humildade. Humildade esta resultante do reconhecimento do
valor alheio somado à recusa de considerarmo-nos melhores que o nosso
semelhante
Domínio
Próprio: É imperiosa a necessidade de
manter-se um domínio próprio, mesmo diante de todas as provocações, a fim de
que, pela nossa conduta exemplar, as pessoas possam ver o Senhor através de
nós. Assim, também evitamos descer no nível daqueles que se encontram nas
trevas.
A graça do domínio próprio não é menos importante que
as demais, pois ela dá um sentido genuinamente cristão, um autocontrole de si
mesmo ante os impulsos da carne que nos conduz à morte. Todo cristão precisa de
uma temperança, de uma autodisciplina para representar o seu Senhor aqui neste
mundo.
Texto extraído do Livro "O Espírito Santo"
Bispo Edir Macedo
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