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Diário - Isabel "Vencendo as forças do Mal"


Em busca da felicidade para mim e minha família, procurei de tudo, desde promessas à “padroeiras” até os caminhos do ocultismo mais profundo, mas minha cegueira espiritual não me deixavam enxergar e nem encontrar o Caminho, foram anos de existência, mas de uma existência dura e de fracassos, mas nunca desistindo de vencer… lembro que nunca pensei em tirar a vida, suicídio era algo que nunca esteve nos meus planos, embora em vários momentos a morte seria bem vinda se acontecesse. Um dos episódios mais dolorosos da minha vida, foi quando perdi uma filha com 13 anos de idade, vítima de uma praga rogada e tenho quase certeza que também a envolveram com um trabalho de bruxaria, nessa época senti o chão fugir dos meus pés, passado algum tempo, embora com o coração em pedaços, recobrei minhas forças e foquei em meu marido e meus filhos e não podia permitir que a destruição continuasse a varrer o meu lar.
Infelizmente, nesta época, nos envolvemos de maneira ainda mais profunda, na Umbanda e no Candomblé e foi mesmo aí o caminho do fundo do poço, porque minha intenção era recuperar a felicidade que na verdade nunca tinha existido, “hoje eu sei disso”. Minha filha mais velha, começou a ter os mesmos sintomas que a filha falecida tinha, meu segundo filho, começou a se tornar rebelde e o mais novo, ficava doente constantemente, uma simples corrente de ar era suficiente para coloca-lo com crises de tosse e quase sempre perdia o ar.
Nesta altura todos nos envolvemos na feitiçaria, menos o meu filho do meio, o mais rebelde, hoje sei que ele era o certo, mas enfim, eu, meu marido, minha filha e meu “caçula” (4 anos) nos entregamos aos cultos de magia de várias formas, foram 7 anos de decadência, imagine o cúmulo da "cegueira espiritual" minha filha mais velha, fazendo oferendas nas florestas, no mar, recebendo "encostos" e colocando muitas vezes em risco a integridade e a própria vida, meu filho mais novo envolvido em rituais de magia entre velas, comidas dos "santos" e animais sacrificados e por várias vezes os espíritos incorporados nos médiuns davam whisky para ele beber (uma criança com 5 anos), o cúmulo da estupidez unida ao desespero, entre outras situações humilhantes a que nos entregávamos.
Tudo isso culminou na minha doença (que já falei outro dia), do meu marido em miséria por causa do jogo, dos meus filhos com doenças e brigas inexplicáveis dentro de casa. Mas por incrível que pareça, nunca me entreguei aos “espíritos”, pois no momento dos trabalhos, em minha “mente” eu só pensava... SE FOR DE DEUS EU QUERO, SE NÃO FOR SE AFASTE DE MIM… Quando conheci a Palavra de Deus, meus olhos se abriram e pude entender que minha vida só não foi mais ao fundo, porque ainda que de maneira ínfima, mas eu sempre lembrava de Deus e pedia a “aprovação” d’Ele.
Mas enfim, mesmo nesta fase horrível da minha vida, em mim havia uma revolta que me fazia lutar como uma leoa que vai a caça para alimentar a sua cria, pois um detalhe importante… Mesmo já doente e sem muitas forças física trabalhava quase que dia e noite para ajudar no sustento da casa e também manter os estudos dos meus filhos, principalmente do mais novo e pensava… “ele vai ser alguém na vida”.
Memórias dolorosas, mas que hoje me fazem sentir ainda mais guerreira e vencedora, pois sei que em tudo o que passei chamei a atenção do meu Senhor Jesus, e com Ele hoje, posso desfrutar da recompensa que só Ele pode dar.

Isabel Maria - Suzano


Diário de uma Guerreira são Histórias de Mulheres anónimas que vencem suas guerras... Você pode acompanhar todas as histórias na etiqueta Diário de uma Guerreira 

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Comentários

  1. A cada historia de vida, vejo que Deus jamais nos abandona, Ele sempre espera pela nossa decisao de busca-lo.

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