Mulher há 48 anos, esposa há 25,
mãe há 23 e mulher de Deus há 17. Etapas de uma vida de lutas e vitórias.
Fiquei doente há 6 anos. Sim, digo fui,
pois creio na minha cura como se nunca tivesse estado doente.
Em meados de Julho de 2005, enfrentei
uma luta que pôs á prova a minha vida com Deus. Em Setembro, desse mesmo ano,
enquanto fazia um auto-exame no duche pareceu-me ter notado algo estranho no
meu peito. Porém, como havia feito todos os exames ginecológicos há 3 meses
atrás e estava tudo muito bem, não dei importância. O tempo foi passando e
aquele nódulo não desaparecia. Procurei o médico e, também ele, relevou a minha
queixa. Mas como Deus está sempre no controle da minha vida, o Dr. resolveu,
ainda assim, pedir uma mamografia só
para despistar qualquer dúvida. Feito o
exame, e já com os resultados em minha mão, resolvi abrir aquele envelope onde
poderia estar o futuro da minha vida. Logo percebi que algo estava mal, só não
sabia até que ponto, mas também não queria acreditar que fosse tão ruim. O
médico ao ler o resultado ficou estupefacto e sem coragem de me falar aquilo
que eu já sabia, enviou-me diretamente ao cirurgião sem fazer outros exames
complementares, pois o que acabara de ler era tão específico e revelador que
seria desperdiçar tempo.
Eu, como que anestesiada, não
conseguia nem pensar no que estava a acontecer; só tinha um pensamento: seja o que for Deus é fiel e nunca
desamparou um filho Seu.
Cheguei á consulta do cirurgião, que
ao analisar o exame e com a vasta experiência que tinha nestes casos me
confrontou com a dura realidade: aquele nódulo era um carcinoma ductal,
vulgarmente chamado de Cancro de Mama e que este “ bicho“ era agressivo e que
possivelmente estaria muito avançado e com algumas metástases. Depois de
esclarecida de todos os procedimentos a seguir, enfrentei a cirurgia para
remoção do tumor e esvaziamento da axila. Foi a primeira vitória; não me
tiraram a mama. Agora era preciso saber ao certo que tipo de tumor era e quais os
tratamentos a seguir. Lembro que nunca acreditei no pior.
A passagem de ano 2005/2006 foi feita
em, clima de festa buscando a Deus e pedindo-lhe força para que nunca
desistisse pois eu tinha e tenho uma missão a cumprir: como esposa, como mãe e
especialmente como mulher de Deus. Não aceitava que os resultados fossem
contrariar a minha fé.
O pior veio a acontecer. Era um cancro
de mama muito agressivo (grau IV) mas inexplicavelmente
não havia metástases. O ” bicho” estava localizado, porém era preciso fazer quimioterapia,
radioterapia, braquiterapia e hormonoterapia.
Esta fase, confesso, foi complicada
pois mais uma vez a minha fé não aceitava isto.
Revoltei-me com Deus, não contra
Deus… e perguntei-Lhe muitas vezes como
podia eu falar Dele aos outros estando enferma? Como podia fazer meus filhos
entender aquela situação, quando eles sempre tinham ouvido que Deus cura e
agora viam a mãe, ali, com uma doença terrível? Como fazer para que
acreditassem Nele? Fiz muitas perguntas: a Ele, e a mim mesma…
Continua no próximo post...
Manuela Fernandes - Portugal
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Testemunhos de vidas que salvam almas...
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Querida Guerreira
ResponderEliminarObrigada por partilhar connosco a sua história, muitas mulheres passam por problemas de saúde completamente sozinhas, sem esperança...e através das suas palavras elas podem encontrar a solução...
Deus abençoe...bjs