Cresci numa família com diferentes problemas e sofrimentos. O meu pai era viciado em bebidas e cigarro, muitas vezes bebia de cair e por outras vezes era agressivo, batia na minha mãe e nos filhos (cinco irmãos) embora sempre tivesse bons empregos e bons salários, não adiantava porque era tudo consumido nos vícios e com amantes. Ao longo da minha infância eu só me lembro de brigas, vícios, violência e miséria, chegamos a passar muita necessidade. Com o passar do tempo tornei-me uma jovem completamente revoltada, todas as noites era um sofrimento para nós, o meu pai como sempre chegava em casa totalmente embriagado e agressivo, não tínhamos sossego nem para dormir, as brigas eram tantas que chamavam a atenção de vizinhos e de qualquer pessoa que passava na rua, tirando as vezes a policia ia lá em casa; era uma vergonha, uma vida de humilhação. Na calmaria da madrugada, muitas vezes pulei a janela do meu quarto com uma mochila nas costas pronta para fugir de casa, mas só chegava até a garagem e ficava conversando com o nosso cachorro, não tinha coragem de ir embora, pensava muito na minha mãe, tinha pensamentos de suicídio que se dissipavam ao olhar para o sofrimento da minha mãe, eu não queria ser motivo de mais sofrimento para ela. No auge da minha revolta entrei para um grupo "punk", comecei a usar roupas e sapatos negros, com desenhos de caveiras, pulseiras de pico que era para brigar com "gangs" rivais e machucar as pessoas, até que me ofereceram drogas, eu não quis experimentar, tinha medo e pensava nas consequências que aquilo poderia trazer, então resolvi sair daquele grupo.
Mas, como o vazio dentro de mim era
tão grande e não conseguia estar bem em lugar nenhum, comecei a namorar muito, pois não conseguia ficar sozinha e sempre humilhava e machucava o coração
dos meus namorados, não queria compromisso sério com ninguém. Além disso, tinha outras perturbações, ouvia vozes me chamando e
quando olhava não tinha ninguém, aquilo me incomodava muito; em casa todos
tinham alguma coisa, sempre alguém estava doente, eu não suportava ficar em casa,
eu não tinha vontade de viver. Minha mãe procurou ajuda em todas as
coisas imagináveis, bruxarias, igrejas, mas não adiantava nada, só piorava as coisas, o meu pai acabou indo embora de casa para viver com a
amante (que era mãe de santo) deixou a mulher com cinco filhos, sendo três
ainda pequenos, eu e minha irmã mais velha ajudamos a nossa mãe a criar os mais
pequenos. Na família do meu pai existia uma maldição, os irmãos eram viciados
na bebida e no cigarro, tinham amantes e se separavam das suas esposas (onze irmãos).
Em meio a tanto sofrimento, dor e
tristezas, eis que surge uma esperança na vida, a minha mãe conheceu a Igreja
Universal do Reino de Deus, onde encontrou verdadeiramente o Senhor Jesus e uma
qualidade de vida digna de um filho de Deus. Lembro-me da transformação da minha família, da cura e da libertação, mas posso pessoalmente expressar aqui o que
aconteceu comigo, de uma jovem revoltada, vazia e angustiada, passei a ser uma
jovem com vontade de viver, preenchida com a paz de Jesus e verdadeiramente
feliz, aquele vazio que parecia um grande buraco no meu coração passou a ser
preenchido de amor e alegria, um novo coração transformado pelo poder de Deus,
só a partir desse momento é que realmente comecei a viver, as lembranças
amargas e dolorosas da infância e adolescência ficaram no passado e hoje
vivo o presente a cada dia na fé e sei que Deus é Fiel para cumprir cada uma
das Suas Promessas…
Regina - São Paulo
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Testemunhos de vidas que salvam almas...
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Querida Guerreira
ResponderEliminarObrigada por partilhar conosco a sua história, muitas jovens passam pelo mesmo problema, revoltadas e sozinhas...e puderam ver em você um referencial para lutar e vencer
Que Deus te abençoe...bjs