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Diário Angola - Parte 01

   África - Uma Terra de Novos Desafios   


Um novo desafio nos foi proposto, trabalhar em África, precisamente em Angola / Luanda. Ouvir histórias sobre o lugar é bem diferente de vive-las e ter suas próprias experiências, são sete horas de voo de Portugal a Angola, ao chegar nos apercebemos do calor intenso, o Aeroporto é pequeno, mas muito movimentado de estrangeiros que chegam aquela terra em busca de novas oportunidades, as curiosidades são muitas e os meus olhos percorrem tudo o que podem alcançar.

Fomos bem recebidos e encaminhados para o Hotel, da janela do quarto eu observava o movimento da rua, mulheres com seus bebés amarrados as costas e outros filhos segurando pela mão, elas também carregam sobre a cabeça cestos, bacias ou baldes com mandioca, banana, tomate e outras coisas para venderam. A minha vontade de sair daquele Hotel era imensa, queria andar na rua, mas seria impossível passar desapercebida. Mudamos para um prédio com poucos vizinhos, o meu marido e o meu filho saiam de manhã para trabalhar e só voltavam à noite, eu passava o dia todo sem companhia, sem televisão, sem rádio, sem internet, não podia sair de casa sozinha e não conhecia ninguém, confesso que passei dias difíceis, eu sou acostumada a trabalhar, conviver... e ficar isolada me deixou meio "doida", mas eu sobrevivi... varria a casa várias vezes ao dia, arrumava e desarrumava, voltava a arrumar.


Orava, clamava, cantava, lia a bíblia, livros, ungia a casa, andava de um lado para o outro e o dia não passava, quando meu marido e filho chegavam à noite, eu parecia uma tagarela, com uma necessidade incrível de conversar e eles cansados, só queriam dormir.

Quando mudamos de um País da Europa para um País da Africa a primeira impressão é chocante, é um mundo diferente e é preciso tempo para adaptação. No inicio eu me sentia mal fisicamente com a reação de cinco vacinas e medicação contra malária, até a água engarrafada me dava dor de estômago, eu sai de um lugar frio para um lugar quente em questão de horas, o meu organismo demorou a se adaptar com novas situações.

Em Luanda o trânsito é uma loucura, é a lei do mais habilidoso, os táxis são chamadas de "candongas" e andam lotadas de um lado para o outro; o que você quiser comprar está a sua disposição na rua, na calçada ou em cada esquina. É divertido observar detalhes nunca visto antes, as crianças jogando futebol na rua de terra descalços ou com chinelos, com uma bola surrada, mas com muita alegria… o céu muitas vezes coberto de nuvens que até parece que vai cair uma chuvada, mas não, chove pouco e o pouco que chove evapora num instante.

A cultura, a criação, os costumes são todos diferentes, típicos da terra, assim como a comida, a vestimenta e a incrível versatilidade das angolanas em trocar de extensões. Há um respeito muito grande para com os mais maduros, que são chamados em qualquer lugar da cidade como "mãe" e "pai". Que alegria encontrar produtos brasileiros que não comia há muito tempo, aliás a cultura brasileira é bastante admirada em Angola, o carinho dos angolanos pelos brasileiros é visível.

Aconteceu uma coisa interessante, mesmo com dificuldades imensas de comunicação, fiz um novo amigo, mas a história deste amigo eu conto na próxima…

O Diário Angola continua. (Aguarde!)

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